A DOR DOS VIVOS

Depois que a vida cessa,

A presença da morte,

Na reza e na promessa

Que abençoam o forte.

Resta–lhe a vida trêmula

Num Jordão que a consagre, mas

Sem rima, arrimo ou êmula

Num duelo de lágrimas.

Apagadas as velas,

Sobra a treva do túmulo

– Jamais vista por telas!

Ao cabo, só dor na alma,

Um sofrimento ao cúmulo

Sem respaldo na calma.

Soneto publicado na obra do autor Realidades versejadas em sonetos (2006).

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 21/04/2016
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