Bela, Recatada e do Lar
Sou bela, não recatada e do bar
Sou fera, irada e do mar
Não sou brega, nem jurada e sempre chego para abalar
Sou do mundo e de onde me permito chegar
Não tenho vocação para ser sombra
E o "machismo" não me detona
Porque sou mulher de fibra e com luz própria
A sociedade não me quer ver 'sóbria'
Seria preferível ser apagada
Mas sempre sou notada
Sou mulher guerreira
Que grita contra o 'ser submissa'
Mesmo que imponham que eu seja omissa
Não sigo padrões
E não me deixo vencer por "ladrões"
Ladrões que vestem terno
E que querem calar a minha (e a nossa) voz
Mas mal eles sabem que meu grito não se calará
E que o ser MULHER jamais cessará
Escrita em 20 de abril de 2016.