O amor pela terra

Quando as florestas cercearem o farfalhar das suas árvores,

Ela se incendiará e virará carvão e fumaça, deixando cinzas,

Mas eu vou chorar, daqui vou cantar, entoar minhas dores,

Eu vou erguer um poema qual pedestal e pintar minha tinta

Nas árvores tristes que restarem a encarecer os prédios,

As árvores cuja função é enfeitar, e, se os mares sucumbirem,

Vou nadar nos mares das artes, em busca de algo -o não tédio,

Para transformar essa tristeza que os homens, a exaurirem

Os bens do mundo, causam no meu peito, uma dor futura,

O medo da extinção da humanidade e um cuidado

Para com o lugar onde vivem todos os seres humanos...

Que esse trágico fim não aconteça, pois no poema dura

A vida do poeta para que outros leiam e tenham amado,

Mas a vida e a morte são tristes, este mundo é desumano...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 20/04/2016
Código do texto: T5611081
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