A machesa feminina
Quando falo e construo um poema da vida,
Vejo o silêncio e destruo o feio da morte,
Enquanto amo e espero o belo na lida,
Vou odiando sem paciência a lindeza da sorte...
Chorem aqueles que fazem silêncio,
Eu canto o canto das sereias, das fadas e ninfas,
Esperando conquistar a matéria cônscio
De que ela é uma matéria constituída feminina...
Se uma dor me tocar e me levar para a cama,
Sabendo ser uma mulher de natureza humana,
Vou chora o meu pranto de saudade da poesia...
Mas, caso eu volte à cama com outra dama,
Vou escrevendo o meu amor pela arte profana
E espero um dia amar o amor que já sabia...