Eu os deixo

O ódio que a minha lástima deixa

Dói no peito com um ardor nostálgico

Do desprezo que já tinha, uma caixa

De surpresa viria num sentido mágico...

Aqueles por quem lutei por compaixão

Eram piores do que os monstros

Que eu enfrentei por dor no coração,

Uma piedade que era por outros...

Esses mesmos mostraram ser maus,

Terra podre onde o Diabo fez

O seu Paraíso de ladrões sem amor...

Aqui só não existe de verdade um caos

Porque podemos ter cada um sua vez

E lutarmos perante o sentimento e a dor...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 16/04/2016
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