Prisioneiro  Meu

Debulho-me  no  beijo  absorto  de  jasmim
Colada  na tua  boca  em  gotas  de  frescor
Talvez  eu  seja  quem  sonhaste  ter  assim
Rendendo  os  teus  sentidos  com  doce  lavor

Eu  pauso  o  tempo,  tempo  breve,  leve,  enfim
E  o mundo  resta  preso  num  fio  de  langor
Na  ginga  sincopada  dum  vai  e vem  sem  fim,
Imprimo  o  tempo  forte  à  nota  desse  amor
 
Não  mais  dar- te -ei  pausas,  quero  o  que  tens  meu,
Para  ti  entrego tudo, meu  tudo  que  é  teu,
Minha  vida,  minha  alma,  meu  corpo  desnudo
 
Em  mim  ficas  detido,  és  meu  prisioneiro
No  cárcere  das  letras  do  meu  pio  tinteiro
E  te amarei  pra  sempre  no  meu  verso  mudo!

Ângela  Rolim




Republicado com alterações



 
Ângela Rolim
Enviado por Ângela Rolim em 15/04/2016
Reeditado em 15/04/2016
Código do texto: T5605802
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