O FURTO SOCIAL
Não há acordo contra a fé,
Onde a crença tudo dita
E bota a bola no pé
Numa partida bendita.
No Carnaval, de etanol
Encharca–se o nosso povo,
Que só pensa em futebol,
Seu vício do dia novo.
No meio dos sofrimentos,
Não vê nada no futuro,
Não desvenda os pensamentos.
Neste Brasil de ópio e furto
Ao povo pobre e imaturo,
Só restou um viver curto.
Soneto publicado na obra do autor Realidades versejadas em sonetos (2006, p. 148).