O FURTO SOCIAL

Não há acordo contra a fé,

Onde a crença tudo dita

E bota a bola no pé

Numa partida bendita.

No Carnaval, de etanol

Encharca–se o nosso povo,

Que só pensa em futebol,

Seu vício do dia novo.

No meio dos sofrimentos,

Não vê nada no futuro,

Não desvenda os pensamentos.

Neste Brasil de ópio e furto

Ao povo pobre e imaturo,

Só restou um viver curto.

Soneto publicado na obra do autor Realidades versejadas em sonetos (2006, p. 148).

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 15/04/2016
Reeditado em 17/04/2016
Código do texto: T5605562
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