O calor da noite
 

Esse calor que até à noite faz
Pode ser das pessoas desprendido
Por não saberem retê-lo tomam esse castigo
No escuro do tempo que a noite traz
 
Ao invés de humano, vira apenas térmico
Um concreto excretado em poros sensoriais
Obsoletos gases ante emocionais
Lufadas escaldantes em vapores lisérgicos
 
Biruta, mercúrio, serviços que me cercam
Garota do tempo, quando o frio regressa?
Dá-me logo algum dos teus típicos sinais
 
Para eu ter certeza de onde ele egressa
Vai e olha redondezas recolhes depressa
Calor humano à noite faz falta demais