Solidão Pungente
Ah! finjo bem mas, sinto sua falta
Não das broncas e do seu silêncio
E sim, da carícia e seu lábio macio
A alcova olente luzente pela ribalta
É um pesar que machuca e exalta
Parece um sonho um bom auspício
Que perdeu-se sem deixar anúncio
Transformando-me em fiel peralta
O dia é um embuste, pérfido amigo
A noite é longa cheia de desamores
Que acrescenta o meu cruel castigo
Sonho, e no sonhar estou contigo
O despertar revela atroz horrores
Da visão odiada de um mendigo
13/04/2016