O amor que me falta

O amor que me negasteis, as esperanças minguaram,

O fim que me arrastou para uma morte que passou,

Mas os homens não amam essa arte dos que amaram,

Esses que, com todos os amores, só uma amou...

As forças de amor deste mundo suplica uma palavra,

Uma meiga palavra entre as histórias da Carochinha,

Mas não há lugar para um coração humano onde se lavra

O solo para as sementes que o ignorante se avizinha...

Não há um lugar onde eu possa chorar em paz,

Os homens e as mulheres se dispensaram o meu amor

E foram viver do modo que a real vida faz:

Viver da tristeza do poeta que, escrevendo, é cantador...

Se um dia houver esperança para o meu pobre coração,

Permitam-me morrer depois do sonho de então...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 13/04/2016
Código do texto: T5604311
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