Uivantes ventos
Uivantes ventos
E, quando o amor, findando, morre,
Podam as asas dos uivantes ventos,
Como se a alma, varresse o tempo,
Náufrago, e até a boia, que socorre.
Voa os céus de outro ser, que ama,
Feito o espectro e chama da morte,
Deixa as agruras 'negras', da sorte,
Até que outro amor ocupe a chama.
E tudo que é finito, certo dia, finda,
Assim feito umas estrelas nos céus,
Já morreram, e mesmo assim reluz.
E, tudo que é Luz, um dia se apaga,
Imaginando o fogo em brasa d'alma
Posto o que foi labareda, em chama.
Tony Bahi@.