As carnes
Por entre as carnações do puro horror,
Uma transformação se esconde e é escura...
Morta-viva, o mau tempo sempre dura
Como ainda há de faltar o eterno amor.
Ah! Um monstro é a feição no desamor;
Co´as larvas de um humano na armadura!
Que esse sorriso ígneo da forma pura,
Sem nenhum coração e com temor.
A matéria da orgânica dor sangra
Em sua carne violentíssima à Angra,
Que os ossos fétidos do odor funéreo.
Já a carne - é a famulenta sangradora
Mais do que um homem miserável, chora,
Sangrando, a morte vil e o atro mistério...
Lucas Munhoz - (09/04/2016)