Fiat lux
Palavras, tão somente, são sementes,
Deixadas nesse fértil chão de giz.
Impressas expressões grandiloquentes,
Impressionantemente pueris.
Palavra solta delicadamente,
Palavra presa numa cicatriz.
Jogada numa lavra inconsequente,
Rebenta e firma espectral raiz.
A palavra devora! É devorada!
Pulsa, estremece, repercute, goza;
Na tela da existência é retratada.
Palavra é criação, é exorbitância;
É a luz, é o verbo, o verso, a prosa...
Nas trevas surreais da ignorância.