NOCTÍVAGOS
Na escuridão da noite há algo horripilante
Assim como, na escuridão da minha alma
Há sombras, guinchos, dor que me acalma
Desvia meu olhar dos horrores avassalante
Á noite é o refúgio do facínora e do galante
Na madrugada quase não existe uma vivalma
Assim domino meu ego, trazendo-o na palma
Distante do pungista dominador dissimulante
Aprendi a vagar entre os homicida e messalina
Sentir o seu cheiro e saber o seu letal intento
Quando há perigo dissipo-me como uma neblina
Sou audaz e perverso, não descuido, fico atento
Posso amar e matar, não existe rígida disciplina
Viver sem regras e livre, este é meu real alento
07/04/2016