EXORDIAL
Há relva, fauna e extrema tirania
A vida pulula e é muito abundante
Atento espreito a criatura errante
Que saciara minha ignóbil mania
Vou traze-la para a minha sintonia
Subjuga-la, deixá-la inconsciente
Possuí-la como escrava e amante
Descartá-la em debilitante astenia
Esta sevicia me apraz, sacia, inebria
Talvez, seja próprio de minha biogenia
Gosto de morte, sangue, noite sombria
Sou uma mutação, sobras de eugenia
Um animal viloso que todos ludibria
Os primórdios da nova antropogenia
07/04/2016