PERVERSÃO
Há algo aterrador dentro de mim
Que assusta-me, rouba-me o sono
É um pesadelo que me deixa prono
Irrequieto, frágil como um curumim
É cruel, vil e rubra como o carmim
Que torna-me viloso e monótono
Para proteger-me fico no abandono
A vagar nos campos cheio de jasmim
Quero dominar este desejo, essa sanha
Este pérfido amigo, esse pesado fardo
Maldito, expulsarei-o de minha entranha
Oh! como é tênue o desejo, filho bastardo
Tornei-me amante desta doce artimanha
Sou o algoz, na humanidade atirarei o dardo
05/04/2016