Encantamento
 
O querer não perdoa, quer à toa
Sem explicação, lógica ou outra razão
Razão esta que lhe deixa na mão
E sem hora e lugar o pensamento voa
 
Com ele se perde o tino, se enlouquece
Sem ele a gente nem se lembra de como vivia
Intensidades não permitem lembranças vazias
Esmagam as coisas átonas e só prevalece
 
Querer é se mover na virtual magia
Onde tudo em torno esmaece
Sob o efeito fulminante do que não acontece
 
Na mobilização constante do que apetece
Conclusão fulminante que terá, e que merece,
Sem nada que expresse que não se teria