ARREPENDIDA
Acena com sorriso de alegria
Voltando para o lar de porta aberta,
Que nunca se fechou, pois não cabia...
Tamanha solidão, vida deserta.
Era feliz aqui e não sabia,
O mundo a convidou; pensou-se esperta,
Subiu pela cabeça a vã alforria,
Mas não achou senão a vida incerta.
Disfarça sorridente o ledo engano
Para não demonstrar o dissabor
E vem como se não passasse um ano.
Mas o sofrer é grande professor!
E arrepender-se é bem do ser humano...
Entre, a porta está aberta meu amor!