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RESISTÊNCIA [657]
 


Resisto às mãos fechadas da avareza;
ao calor dos humanos mais me estreito
e me somo a quem sabe ser direito,
afastando os faltosos à lhaneza.  
 

Eu resisto ao fascismo a todo peito,
pois no mundo destila só tristeza;
nos hipócritas bato, sem leveza,
e invejosos também demais rejeito.
 

Resisto a mágoas ter, com veemência,
resisto a não seguir a consciência,
até meus tempos findos de viver.
 

Enfim, resisto ainda ao niilismo,
a todo malfadado oportunismo
dos que querem subir, sem nem fazer.

 

Fort., 06/04/2016.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 06/04/2016
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