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A CADELINHA [656]
 


Estávamos uns tantos num recinto,
um restaurante e bar, que nos convinha,
quando lá chega a jovem cadelinha
e também quer petiscos, já pressinto.
 

Era peixe... E lhe dei da comidinha.
Dois da mesa tomavam vinho tinto.
Na cerveja, bem para além do absinto,
meio aos mais, eu apenas me continha.
 

Desamei, quando alguém mal se revela,
dando um chute na pobre da cadela;
não degluto atitude inconsequente.
 

Qual se fez com aquela cachorrinha,
tão faminta, tão magra, que definha,
vi crianças tangidas – eu vi gente.
 

Fort., 05/04/2016.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 05/04/2016
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