é um sol a tua boca

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tens-me a um palmo do mar que balanças

em cada sonho. é um sol a tua boca aberta;

um sorriso que em ouro e prata se oferta..

rola, luze, tine por marés mansas.

tens-me no martírio das horas vazias

se a insónia a gongos se faz presente.

tu, dama, aos ombros de toda a gente

em colo tens-me, tens-me em euforias.

são mãos muitas que desdobro, qu'invento.

são ecos, e miragens, são quimeras,

na suspensão de um mágico momento.

mas, tens-me, sem ter-me!.. enquanto o sonho corre..

enquanto arautos mentem Primaveras,

puído, qual névoa que ao seio da manhã morre.

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Luís R Santos
Enviado por Luís R Santos em 05/04/2016
Código do texto: T5595886
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