A liberdade é o que prende
E a borboleta voeja não se apega a nenhuma flor,
Pousa e esvoaça, vai e volta e tem todo um jardim,
Da mesma forma a abelha em busca de um sabor,
Afronta aragem, tão forte pela essência do jasmim.
No arco-íris, pingos de chuva veem, sem o corrimão,
Raio do sol os beija, em nossos olhos: o espetáculo,
Vivem ao natural, como deve ser, com toda a razão,
E não se traem, imutáveis, bem além de obstáculo.
E faz do zelo diário um compromisso sem cobrança,
Tal qual o vento que oscula todo e qualquer cabelo,
Inda com outro cheiro é bem vindo; tão bom ‘vê-lo’.
Sem assinaturas, sem combinação fazem-se aliança,
Harmoniosamente viável, verdadeiramente correta,
Feito a circulação de sentimentos na mente do poeta.
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/