A sombra sob as mulheres

O homem que em meu peito ama

Ama com tanto desprendimento

Que não busca a etérea fama,

Mas a luz do real entendimento...

Enquanto as ondas me dão caldos,

Vou por aí numa sofreguidão profunda,

Vou chorando as lindas do altos

Vãos da Torre Branca que afunda

Num abismo enorme onde habita

O monstro das sombras eternas

-E ali fiz a minha cova, minha lida,

Sofrendo e chorando com lágrima terna...

Mas o meu sofrimento não é outro

Senão o amor que não encontro...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 02/04/2016
Código do texto: T5593105
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