PEQUENINA
PEQUENINA
Nem terminantemente lhe proibindo,
Aquela zinha nunca dava ouvidos...
Um espírito livre, de olhos sabidos,
Cujo atrevimento era rude e lindo.
Acostumada a estar sempre sorrindo,
Divertia-se com mal-entendidos.
Pois, de todos os modos conhecidos,
Tornava a novidade algo bem-vindo.
Ardia feito brasa espevitada
Enquanto conduzia pela estrada
Em rancho as raparigas do lugar.
Como se não soubesse de tristezas,
Das criaturas de Deus mais indefesas
Fora a que ninguém pôde controlar.
Inhapim - 02 04 2016