INSENSATO ?

Por que essa vontade não cessa em mim,

De dizer, sobre o vulgar, o inusitado?

Tantos, se veem, sentem, deixam assim...

Frustro-me, porém, fico sufocado!

Demais, desejo o verbo da poesia

Que possa verbalizar a emoção,

Irradiando luz a cada dia...

A luz condensada numa canção!

Se essa vontade não produzir arte,

Que, do que não for bonito, me afaste

E, de Deus, me aproxime o coração.

Não será desejo sem sentido?

Descabido, ilegítimo pedido?

Insensato! É insana pretensão!

Sobral (CE), 21 de novembro de 2013.

Carlos Augusto Guimarães
Enviado por Carlos Augusto Guimarães em 01/04/2016
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