Traficando
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Traficando
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Trafico mágicas e, pasmem, sou feliz!
Foi dom divino qu’eu ganhei... Juro, não quis!
Posso verter o seu rancor em amor pleno
ao lamentar a dor: dor forte, dor que temo.
Vendo mil gotas de ternura, sem receita.
Em cada pingo, distribuo vã perfídia...
E o doce sonho que te fez não espreitar,
acreditando em tolo plágio, quem diria...
Tornei tempero e destempero seu suor.
E sua dor que seja sua: não tenho nem dó.
Se acreditou em filosofia vã, sua culpa!
Se devo minhas honras, dou-as a quem mais labuta.
O fácil é o ágil do meu plágio original.
Vida sem luta, de favores, eis o mal.
Crato-CE, 10 de julho de 2007.
10h13min
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