Soneto Vazio
De tão intenso torno-me mortal
Fulminado por uma noite sua
Exagero e pretensão
De quem se quer conhece teu olhar
Mas imagina tua textura
Pinceladas a mão livre
Livre arbítrio
Madrugada e rude pintura
Mesmo que rasgue o vulgar papel
Que manche a tela
Vou querer vê-la de volta
Sentir o vazio do teu não ser
Pra sentir a presença
Aguda e reverente de um toque seu