Lapso de memória

Eu que fiz renascer nas noites as candeias

As lembranças em forma estável entre as nuvens

Pulsando o sangue, fervia, ebulição nas veias

Enquanto lhe escrevia os versos, mel e polens

Tu: uma abelha então voando em meu céu de jardim

Polinizando o amor em minha solidão

Fazendo a luz da lua um fulgor cor de carmim

Clareando de paixão o negro coração

Fez no peito brotar uma doce esperança

A flor que aquela abelha encravou na memória

Que ressurgiu da brasa acesa com pujança

Sentimento no ardor e gosto em plena glória

Fosse agonia seria essa dor mui querida

Pois pode-se viver feliz co' essa ferida

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 30/03/2016
Código do texto: T5589215
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