Soneto de amor tão puro.
Como se fosses, tu, feita de favo,
deixa eu fartar meus versos em tua doucura
ir dos teus pés até a tua boca pura
onde afirmo, não acharão um travo.
Deixa eu pintar o quadro em tua moldura
e pôr nos versos, que por ti alinhavo,
acorrentados de amor feito um escravo
minha paixão que morre sem achar cura.
Vem! Me traz teu prazer e agita
vem me ajudar nos versos desta escrita
que minha mão, silente, risca traços
Vem pro soneto de amor tão puro
que só poeta faz, destarte, seguro;
Catorze versos em amarração de laços
Josérobertopalácio
LIBIDO
Venha beber o mel da sedução
Podes fartar em versos de loucura
Venha beijar a boca de paixão
E iluminar a minha noite escura...
Podes pintar o amor em aquarelas
E pôr nos versos esse amor escravo...
Que em meu peito, por ti se acastela
E aguarda em frêmitos, sem lei ou travo...
Vem e me traz esse prazer que agita
Vem mitigar a sede infinita
Desse amor que se cala em meus ouvidos...
Para, enlaçados nesse amor tão denso,
tecer as redes desse ardor imenso
Que nos envolve em chamas de libido....
28/03/2016/ Ângela Faria de Paula Lima