Conversa com a morte
Hoje eu conversei com a minha morte
Foi um papo como nunca vi igual
Discutimos sobre o bem que vence o mal
Sobre a vida, sobre o azar e sobre a sorte
Sobre os ventos que quando sopram do norte
Nos consumem, provocando vendaval
Da visita decisiva e terminal
Que nós nunca queremos que nos aporte
Aproxime-se de mim que eu não te tanjo
Pois tu és para mim o melhor anjo
E só queres o meu bem enquanto eu viva
Que virás, disso eu não terei saída
Mas será no ocaso da minha vida
Por isso não tenho expectativa