PESADELO
Eu saco o meu revólver desse coldre,
e miro bem na fuça do sujeito;
abaixo a mira, agora eu miro o peito,
tô a ponto de mandá-lo para o odre.
E, antes disso tudo feder a podre,
vou me mexendo abrupto nesse leito;
e me acordando estranho desse jeito,
com certo augúrio, ou sei lá o quê, sobre
o pesadelo horrível que ora tive.
Mas como o bem padece, e sobrevive;
também sobrevivi, pesar dos danos.
Agora, vou à seara, acendo velas...
Pra me livrar de tantas querelas,
e que está atrapalhando os meus planos.