Leitura destroçada do poema mulher
Há quem lê somente os olhos em apelo,
Em suas escritas de diferentes gradações,
Há quem se prende na leitura do cabelo,
À brisa, alisados ou em suas ondulações.
Há quem tem fascínios em ler toda a tez,
Com o tato do olhar, e a vontade da mão,
Há leitor dos seios, do pescoço por vez,
Leitura minuciosa de glúteo e dilatação.
Há quem lê as curvas em leitura qualquer,
Todas as línguas, conceitos e imaginação.
Em toda sua forma, em qualquer ocasião,
É a leitura destroçada do poema mulher,
Leituras superficiais, verso sem emoção,
Há ledor analfabeto na linha do coração.
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
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