Leitura destroçada do poema mulher

Há quem lê somente os olhos em apelo,

Em suas escritas de diferentes gradações,

Há quem se prende na leitura do cabelo,

À brisa, alisados ou em suas ondulações.

Há quem tem fascínios em ler toda a tez,

Com o tato do olhar, e a vontade da mão,

Há leitor dos seios, do pescoço por vez,

Leitura minuciosa de glúteo e dilatação.

Há quem lê as curvas em leitura qualquer,

Todas as línguas, conceitos e imaginação.

Em toda sua forma, em qualquer ocasião,

É a leitura destroçada do poema mulher,

Leituras superficiais, verso sem emoção,

Há ledor analfabeto na linha do coração.

Uberlândia MG

Soneto infiel – sem métrica

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 25/03/2016
Código do texto: T5584445
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