Desconexo juizo
 
Que foi feito da homilia em versos
Onde anda tua calma afeita aos conselhos
Peregrinas andante em serras de joelhos
Ou extremasses agudo e fundo em algum deserto
 
Pobre alma! Não tu, mas eu, que ainda te espero
Que desato em palavras de desconexo juízo
Que omito o que penso e nem penso o que digo
No afã platônico que exige o que quero
 
Mas o querer só basta se a dois for sentido
Ou mutila e proclama tudo sem ruído
Como fosse a trama política de um clero
 
Mero desabafo o que mentecapto esmero
Sem pista que escutas ermos versos etéreos
Em lutas que te imputas por achar preciso