Amador sênior
 
Perdoem-me os talentosos sucintos
Os puristas, os acadêmicos, os eruditos sintéticos
Quando por acidente leem dispersos este meu dialeto
Onde esboço em tosca forma ao que sinto
 
Ignorem o vínculo que a poesia é traço
Propulsora sombria dessa inveja amarga
Se trôpego rodopio com essa minha farra
É que ao vê-los distante, errante, aperto o passo
 
Desculpem-me a tardia hora que me resta
Que como provável pretexto disfarço
Transformando o estorvo e essa agonia em atos
 
Pois, sem a condescendência ainda que funesta
Alguma paciência gentil que se peça
Ainda assim arroubos de incauto me pautam