SONETO PARA O PUM DA AMADA
A minha amada, quando solta um pum
O quarto se enche todo de poesia
De uma batata doce ou gerimum
Que a nota musical - sol - anuncia
Soltar um traque é coisa tão comum
Mas pra quem ama em tudo se extasia
Às vezes nos fundimos, somos um
E o corpo expele sem hipocrisia
Quando ele escapa, preso por um triz
Inundam-me os eflúvios de Paris
O pum da amada vem, paradisíaco
Se chega sorrateiro igual suspiro
Debaixo do lençol, feliz, respiro
O dulcíssimo odor afrodisíaco