Meros Erros...
Anda-se pelas calçadas da vida,
Pouco se atenta aos buracos pelo chão,
Corre-se pela mesma avenida,
E morre-se, vida e morte quase em vão...
Pelo erro foi caindo, por livre queda,
Em buracos sempre grandes, visíveis,
A vida cobra pela mesma moeda,
Num lapso o relapso; gritos audíveis!...
E agora que aprendeu já é tão tarde!
As lágrimas rolam e o peito arde,
O passado cruel, pela mente corre...
Mas, pega a pena, lembra-se; é poeta!
"Seja leve a pena", escreve o profeta,
A esperança é a última que morre!