Somos o que somos
Quantas roupas tem a flor da noite,
Aquela cujo áureo perfume nos embala
Em sonos que vão além da morte,
E as mais belas metáforas fala...
Quão pesado é o seu sono,
Como se atreve a me escrever,
Sou do poeta o dono,
Mulher homem de se ver...
Eu choro o teu perdão,
Declaro-te insano,
Eu tenho coração...
Mas tu és profano,
Vive na própria ilusão,
Somos o que somos...