O MISERÁVEL BRASILEIRO

Por ser fraco e tão pobre,

Ar radical o cobre.

Sempre explode em revolta

E essa vida não o solta.

Sem estima sadia

Ou que, por tal porfia,

Sente um torpor de fome

Quem sua alma o consome.

Eis o humano carente,

Andante, sem parente,

Gente que não tem casa

Ou vítima real

De sina desigual,

Com morte que se apraza!

Salvador, 2007.

Soneto publicado na obra do autor Realidades versejadas em sonetos (2007, p. 155).

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 21/03/2016
Código do texto: T5580140
Classificação de conteúdo: seguro