O MISERÁVEL BRASILEIRO
Por ser fraco e tão pobre,
Ar radical o cobre.
Sempre explode em revolta
E essa vida não o solta.
Sem estima sadia
Ou que, por tal porfia,
Sente um torpor de fome
Quem sua alma o consome.
Eis o humano carente,
Andante, sem parente,
Gente que não tem casa
Ou vítima real
De sina desigual,
Com morte que se apraza!
Salvador, 2007.
Soneto publicado na obra do autor Realidades versejadas em sonetos (2007, p. 155).