Passos do herói...

Nossa! que pássaro-canibal

Inda rosna de galho em galho

Como se fosse gatuno, e tal

Felino engessado no orvalho

Ah, efêmera tolice, verso torpe

Cena cotidiana no telescópio

E drama, e espanto na corte

Vazia de nave e de periscópio

Enfim, face rubra na esquina

Voz vulgar em paço betumado

Na rota dos heróis amputados

Somados à esquadra equina...

Refazendo fábula e mistério

No telhado-cinza do cemitério

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 20/03/2016
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