Sabe por que eu gosto de você?
Então, talvez nem eu saiba, mas há muito em você que me cativa,
Tenho deslumbramento pelo não costumeiro, ainda me maravilho,
Quando penso que não, estou eu surpreendida em emoção ativa,
Gosto quando diz que eu o provoco, e um lembrar se faz estribilho.
Gosto do seu jeito não convencional, homem pedra, do embaraço.
Gosto da espontaneidade, de uma forma quase segura, não sendo,
Gosto quando fica vulnerável e quase tem saudade do meu abraço,
Gosto quando deixa escapar que meu beijo é memorável, me rendo.
Sabe; gosto quando do nada você tece o tudo, com tanta coerência,
E gosto tanto dos seus ‘nãos’ quando está na cara que eles são ‘sins’,
Eu gosto de tudo, como começou; dos meios e dos impensados fins,
Gosto da criança que pede colo, do masculino com tanta experiência,
Gosto quando me faz palhaça, minha alma sorri com o que sempre lê,
E gosto quando me versa: ‘não há poema melhor do que sentir você’.
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
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