Ao amigo morto

Hoje eu vi sua casa, sua rua

Seu jardim, e senti uma tristeza

Sem você, seu jardim não tem beleza

Sua casa, sem você não é mais sua

Da sua vida, dos seus gestos, sua nobreza

A lembrança da imagem perpetua

Tudo agora é que nem luar sem lua

Como um rio que perdeu a correnteza

Por que Deus, num gesto tão duramente

Lhe chamou, assim, prematuramente

Tirando-lhe do convívio aqui dos seus?

Deve ter enxergado a sua bondade

E quis logo gozar da sua amizade

Tenha paz e seja amigo de Deus.

Jhoracio
Enviado por Jhoracio em 19/03/2016
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