Cabana dos sonhos
Fazia sol e eu não sabia se escrevia com rimas,
Mas de repente me lembrei de que você gosta,
E eu olhei para o céu, me vieram vários climas,
Mas a chuva foi escolhida e foi minha aposta.
Fechei meus olhos e senti as gotas imaginárias,
O cheiro da grama entrava em minhas narinas,
E do mundo desapareceram todas as luminárias,
Com os pingos valsei como borboletas meninas.
E tinha um pecado no ar, um desejo vermelho,
E a aragem transportava o seu cheiro instigante,
Que martelava em minha mente a todo instante.
Ergui as mãos em direção ao infinito e de joelho,
Em pensamento fizemos amor só à chuva engana,
Era sonho, lembrei que me ergueria uma cabana.
Uberlândia MG
Soneto Infiel - sem métrica
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