BANZO
BANZO
Houve um tempo só de escuridão.
Tempo do Cativeiro... D'uma vida
A findar nem matada, nem morrida;
Sim de extrema tristeza e solidão.
Quando alguém se perdia a fé e o chão,
Quedava ensimesmado em plena lida,
Tudo enjeitando: Sono, água, comida...
Sem moléstia a não ser no coração.
Liberdade! A família, a gente, a terra...
Perdidos!... Porque nada mais maltrata
Quanto um amor que toda a dor encerra.
Uns têm saudade e beijam cruz de prata.
Outros, cavam a cova que os enterra...
E então, saudade dói? Pois banzo mata!
Betim - 17 03 2016