Parafraseando Euclides.

"Não há dor que resista ao som de uma risada."

Euclides da Cunha.

Não há dor, não há, que resista, não,

não há dor, nem a de um tapa na face

não há dor, creia, que não se engrace

não há dor, seja ela a da traição.

Nem a dor do goleiro num frangão,

nem a dor oriunda do desenlace

ou a dor de quando o carro novo amasse

ou a do avarento quando perde cifrão.

Nem mesmo a dor do poeta na poesia

nem aquela que nos causa agonia

nem sequer a do adeus para a amada.

Não há dor, nem da injeção o furo,

nem mesmo a dor do parto prematuro

Que resista ao som de uma risada.

Josérobertopalácio.

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 17/03/2016
Reeditado em 20/03/2016
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