FIM DE NOITE
FIM DE NOITE
Havia uns versos cá me remoendo;
Ressoando n'alma adentro e além e afora...
De facto, eu já estava alto àquel’hora:
Depois da noite toda apenas sendo.
Definitivamente eu não aprendo...
Tomo um último copo e vou embora.
Mas tão desorientado ando la fora,
Que sequer acho as chaves... Estupendo!
Sinto uma aragem fresca. Paro absorto.
Ouço (ou só penso que ouço) violoncelos
E vacilo... Esgotado dos desvelos.
Sento-me à guia sem qualquer conforto,
Enquanto ao modo vão dos sós me alegro
Sob a noite e seu vasto dossel negro.
Belo Horizonte - 01 10 2013