MAJNUN AD INFINITUM
Debalde, Majnun, debalde choravas
Pelos desertos, sarjetas e becos,
De chorar teus olhos, agora secos,
Inda não se viram nos da tua amada.
Em vão, Majnun, em vão chama seu nome,
A surdo ouvido, mil gritos não basta,
Sois de outro tempo, outra tribo, outra casta,
Com família de estranho sobrenome.
Morre, Majnun, morrer é tua alegria
À cova arrasta tua alma (descansá-la)
- Quem sabe se, por lá, ela o veria-.
Mas não vá com tua morte perturbá-la,
- A alma na cova, a amante, chamaria –
E antes que a chame, por favor, calai-a!