O rei dos condenados
Meu palácio, já bem podre e decadente,
Nem parece que um dia foi tão belo...
Era rico, era fabuloso castelo
Frequentado por muita, muita gente.
Visto meu manto negro, tão condizente
Com a cor de minh'alma, presa em gelo;
Pesada coroa me cobre o cabelo
E queima-me os miolos como aço fervente...
Sou considerado altíssima potestade;
Meus súditos fiéis e estimados
Me aclamam como uma divindade.
Um rei eu sou: o rei dos condenados!
E minha sina é, por toda a eternidade,
Reinar sobre meus sonhos despedaçados!