O rei dos condenados

Meu palácio, já bem podre e decadente,

Nem parece que um dia foi tão belo...

Era rico, era fabuloso castelo

Frequentado por muita, muita gente.

Visto meu manto negro, tão condizente

Com a cor de minh'alma, presa em gelo;

Pesada coroa me cobre o cabelo

E queima-me os miolos como aço fervente...

Sou considerado altíssima potestade;

Meus súditos fiéis e estimados

Me aclamam como uma divindade.

Um rei eu sou: o rei dos condenados!

E minha sina é, por toda a eternidade,

Reinar sobre meus sonhos despedaçados!

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 16/03/2016
Código do texto: T5575457
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