Amar(elou)

As nuvens amarelecem se o sol se pôs ou despontou,

E o crisântemo na janela fez alguns passos de dança,

O canário fez seu canto costumeiro, bateu asas, voou,

A borboleta dourada de leve pousou em minha trança.

Cortinas amarelas se mostram do lado de fora da porta,

Tocando despercebidamente nas pétalas daquele cravo,

O ipê da entrada é casa dos pássaros, ninguém o corta,

E a preciosidade do ouro tornou o homem seu escravo.

A flor da minha pela é tão intensa, maior que girassol,

A Bandeira Nacional sem ela seria de grande pobreza,

Eu fico com água na boca: bolo de fubá sobre a mesa.

No pote de melado a abelha e o rapaz, latinha de Skol,

E em cada verso desse escrito tem um tom de amarelo,

É meio bobo; se juntarmos as imagens talvez fique belo.

Uberlândia MG

Soneto infiel – sem métrica

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 15/03/2016
Código do texto: T5574305
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