Do primeiro amor... (soneto duplo)
Do primeiro amor... (soneto duplo)
Do primeiro amor, ninguém esquece
É sentimento que na vida inteira cresce
Na alma que ama, o coração floresce
Sentimento intenso que não perece
É esse amor eterno, verdadeiro
Que a alma alimenta no braseiro
Mantendo na memória do primeiro
Condição dum digno cavalheiro
E este sentimento é tão profundo
Que em qualquer lugar deste mundo
O primeiro amor é o mais fecundo
Feliz daquele que recebe a benção
Sacramental da eterna união,
Sentimental desejo do coração !
II
Todavia, por certos contratempos
Outros, tão divergentes da vontade
Não que seja por meros passatempos
Perde-se o amor primeiro, vem saudade
Esta infinda, trazendo a nostalgia,
Preso à memória o desejo aceso,
Querendo o primeiro amor a cada dia
Como se pudesse voltar ao que é defeso
Tristeza, dor e sofrimentos mil
Ao sentir no peito amor intenso
Sem puder ser ao grande amor servil
É o amor que a alma não esquece,
Nem o coração o deixa suspenso
Passa a vida inteira, e não perece !
Porangaba, 13/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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