NAQUELA NOITE FRIA...
Foi irreal a imagem – ela chegando,
Entrou, sentou, acenou-me e sorriu,
E meu tranquilo mundo, então, ruiu,
Ao balançar da mão daquele anjo.
Em vão eu resistia a seu encanto,
O som de sua voz me estremecia,
Sem saber que tocar sua mão macia,
Transformaria meu sorriso em pranto.
Levou-me ao paraíso num instante,
Tendo a luz lunar só por testemunha,
Arrebatou-me ao céu de seus amantes.
Seu beijo sugou a alma do meu corpo,
Então se foi de minha vida e agora,
Estando vivo já me sinto morto.