NAQUELA NOITE FRIA...

Foi irreal a imagem – ela chegando,

Entrou, sentou, acenou-me e sorriu,

E meu tranquilo mundo, então, ruiu,

Ao balançar da mão daquele anjo.

Em vão eu resistia a seu encanto,

O som de sua voz me estremecia,

Sem saber que tocar sua mão macia,

Transformaria meu sorriso em pranto.

Levou-me ao paraíso num instante,

Tendo a luz lunar só por testemunha,

Arrebatou-me ao céu de seus amantes.

Seu beijo sugou a alma do meu corpo,

Então se foi de minha vida e agora,

Estando vivo já me sinto morto.

Saulo Palemor
Enviado por Saulo Palemor em 13/03/2016
Reeditado em 17/01/2017
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